Narrativas museográficas e autorrepresentação indígena: a museologia colaborativa em construção
Main Article Content
Abstract
O artigo tem como base a colaboração com grupos indígenas na direção da autorrepresentação em museu, lugar consagrado da representação. A partir de um exercício museográfico, o objetivo do artigo é descritivo, a partir da ótica da museologia, considerando experiências diretas com grupos indígenas e os impactos no pensamento e na prática observados em museus de arqueologia e/ou etnologia. Os pontos trazidos para discussão voltam-se às possibilidades de novos estudos que explorem o tema da autorrepresentação do campo museológico.
Article Details
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Creative Commons. Atribución-NoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0)
References
Ames, M. (2019). “Cannibal tours”, “glasses boxes” e a política de interpretação. Em J. P. Oliveira & R.C. Santos (Orgs.), De acervos coloniais aos museusindígenas: formas de protagonismo e de construção da ilusão museal (pp. 51-68). Trad. Rafaela Mendes Medeiros, revisão de Rita de Cássia Melo Santos. João Pessoa: Editora da UFPB.
Babosa, P., Pitaguary, F., Melo, S. L., Pereira, D. J. L., Marcolino, G. A. & Marcolino, C. A. (2020). O sagrado no museu. En M. X. Cury (Org.), Museus etnográficos e indígenas: aprofundando questões, reformulando ações (pp. 37-49). São Paulo: Secretaria da Cultura, ACAM Portinari, Museu Índia Vanuíre, Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. DOI:10.11606/9786599055706
Brasil. (2003). Ministério da Cultura. Bases para a Política Nacional de Museus: memória e cidadania. Brasília, DF.
Brasil. (2009). Lei nº 11.906, de 20 de janeiro de 2009. Cria o Instituto Brasileiro de Museus [...] e dá outras providências. Brasília, DF.
Brasil. (2012). Emenda Constitucional nº 71, de 19 de novembro de 2012. Acrescenta o art. 216-A à Constituição Federal para instituir o Sistema Nacional de Cultura. Brasília, DF.
Campos, J. S. B. (2016). Preservação da cultura Kaingang pelo conhecimento dos antepassados. En Conselho Regional de Psicologia de São Paulo. Povos indígenas e psicologia: a procura do bem viver (pp. 58-63). São Paulo: Conselho Regional de Psicologia de São Paulo.
Campos, J. S. B. (2020). A exposição Fortalecimento da Memória Tradicional Kaingang – de Geração em Geração. En M. X. Cury (Org.), Museus etnográficos e indígenas: aprofundando questões, reformulando ações (pp. 89-96). São Paulo: Secretaria da Cultura, ACAM Portinari, Museu Índia Vanuíre, Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. DOI:10.11606/9786599055706
Crenn, G. & Roustan, M. (2015). L’exposition “E Tu Ake” (Maori debout) à Wellington, Paris et Québec. Affirmation culturelle et politiques du patrimoine. Icofom Study Series, 43b, 71-85. DOI:10.4000/iss.407
Cury, M. X. (2016a). Direitos indígenas no museu. Novos procedimentos para uma nova política: a gestão de acervos em discussão. En M.X. Cury (Org.), Direitos indígenas no museu: novos procedimentos para uma nova política – a gestão de acervos em discussão (pp. 12-22). São Paulo: Secretaria da Cultura, ACAM Portinari, Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. DOI:10.11606/9788563566201
Cury, M. X. (2016b). Relações (possíveis) museus e indígenas: em discussão uma circunstância museal. En M. Lima Filho, R. Abreu, R. Athias (Orgs.), Museus e atores sociais: perspectivas antropológicas (pp. 149-170). Recife: Editora Universidade Federal de Pernambuco, Associação Brasileira de Antropologia.
Cury, M. X. (2017). Circuitos museais para a visitaçãocrítica: descolonização e protagonismo indígena. Revista Iberoamericana de Turismo, 7, 87-113. DOI:10.2436/20.8070.01.65
Cury, M. X. (2019). Museu e exposição: o exercício comunicacional da colaboração e da descolonização com indígenas. En A. V. Galúcio & A. L. Prudente (Orgs.), Museu Goeldi: 150 anos de ciência na Amazônia (pp. 316-350). Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi.
Cury, M. X. (2020a). A espiritualidade indígena na pauta da descolonização da Museologia: a ressacralização do museu e as curadorias [inusitadas]. Em F. Magalhães, L. F. Costa, F. Hernández Hernández & A. Curcino (Coords.), Museologia e Património, Vol.3, (pp. 179-208). Leiria: Politécnico de Leiria.
Cury, M. X. (2020b). Política de gestão de coleções: museu universitário, curadoria indígena e processo colaborativo. Revista CPC, 15(30), 165-191. DOI:10.11606/issn.1980-4466.v15i30espp165-191
Cury, M. X. (2020c). Metamuseologia: reflexividade sobre a tríade musealia, musealidade e musealização, museus etnográficos e participação indígena. Museologia & Interdisciplinaridade, 9(17), 129-146. DOI :10.26512/museologia.v9i17.29480
Cury, M. X. (2020d). Requalificação de coleções: novas curadorias e museografias pelo viés da comunicação museológica. En E. D. Oliveira, M. F. M Couto & M. Malta (Orgs.), Histórias da Arte em Museus (pp. 75-93). Rio de Janeiro: Rio Book’s.
Cury, M. X. (2020e). Indigenous peoples and Museology: experiences at traditional museums and possibilities at indigenous museums. En B. B. Soares (Orgs.), Decolonising Museology: museums, community action and decolonization, Vol. 1, (pp. 354-370). Paris: International Commitee for Museology (ICOFOM).
Desvallées, A. & Mairesse, F. (Eds.). (2013). Conceitoschave de museologia. Tradução de Bruno Brulon Soares e Marília Xavier Cury. São Paulo: Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Secretaria de Estado da Cultura.
Dimitrov, E., Goldstein, I. S., Oliveira, L. P. & Françozo, M. C. (2014). Museus e coleções etnográficas: da história à política. Entrevista com Mariana Françozo. Proa: Revista de Antropologia e Arte, 1(5), 1-17.
Françozo, M. (2013). “What now? The insurrection of things in the Amazon”, Museum der Kulturen, Basel, Switzerland. Curator: The Museum Journal, 56(4), 451- 459. DOI 10.1111/cura.12043
Higashi, A. M. F. (2019). O destinatário inscrito nas exposições de divulgação científica do Catavento Cultural e Educacional. (Tese de Doutorado inédita), Universidade de São Paulo, Brasil.
Lima, L. P. (2016). A arqueologia e o patrimônio arqueológico indígena em exposições museais no
centro-oeste de São Paulo e norte do Paraná: questões preliminares. En M. X. Cury (Org.), Direitos indígenas no museu. Novos procedimentos para uma nova política:a gestão de acervo em discussão (pp. 115-127). São Paulo: Secretaria da Cultura; ACAM Portinari; Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. DOI:10.11606/9788563566201
Lorente, J. P. (2011). El multiculturalismo como piedra de toque en Canadá: los museos de Vancouver a la luz de la museología crítica. HER&MUS 6, III(1), 112-129.
Martín-Barbero, J. (1997). Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Tradução de Ronald Polito e Sergio Alcides. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.
Martín-Barbero, J. (2009). Desafios políticos da diversidade. Revista Itaú Cultural, São Paulo, 8, 153- 159.
Moura, M. (2009). Jesús Martín-Barbero: as formas mestiças da mídia. Pesquisa Fapesp, 163, 10-15.
Navarro, O. & Tsagaraki, C. (2009-2010). Museos en la crisis: una visión desde la museología crítica. Museos. es: Revista de la Subdirección General de Museos Estatales, 5-6, 50-57.
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO (20 de outubro de 2005). Convention on the Protection and Promotion of the Diversity of Cultural Expressions. 33rd session of the General Conference.
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO (20 de novembro de 2015). Recomendação Referente à Proteção e Promoção dos Museus e coleções, sua Diversidade e seu Papel na Sociedade.
Pereira, D. J. L. & Melo, S. E. (2020). Ética: remanescentes humanos em museus. Em M. X. Cury (org.), Museus etnográficos e indígenas: aprofundando questões, reformulando ações (pp. 32-36). São Paulo: Secretaria da Cultura; ACAM Portinari; Museu Índia Vanuíre; Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. DOI:10.11606/9786599055706
Roca, A. (2015a). Acerca dos processos de indigenização dos museus: uma análise comparativa. Mana, 21(1), 123-155. DOI:10.1590/0104-93132015v21n1p123
Roca, A. (2015b). Museus indígenas na Costa Noroeste do Canadá e nos Estados Unidos: colaboração, colecionamento e autorrepresentação. Revista de Antropologia, 58, 117-142. DOI:10.11606/2179-0892. ra.2015.108515
Roca, A. (2018). Patrimônios indígenas e histórias nacionais: a exposição Speaking to Memory e o caso canadense. Etnográfica, 22(3), 503-529. DOI:10.4000/ etnografica.5854.
Roca, A. (2019). O retorno dos protagonistas: objetos, imagens, narrativas e experiências indígenas nosprocessos de indigenização dos museus na província da Colúmbia Britânica, Canadá. En A. G. Magalhães (org.), Anais do 3° Simpósio Internacional de Pesquisa em Museologia: o futuro dos museus e os museus do futuro (pp. 118-136). São Paulo: MAC-USP. DOI: 10.11606/9788594195333
Silva, A. L. (2020). A autorrepresentação como um novo objeto para a representação museológica: o caso dos curadores Bororo no Museu de História do Pantanal. Espaço Ameríndio, 14(1), 49-67. DOI:10.22456/1982- 6524.102712
Silva, R. da. (2021). Museus nas universidades ou museus universitários? Uma breve análise comparativa entre o Museu Paulista da Universidade de São Paulo (Brasil), o Pitt Rivers Museum da University of Oxford (Inglaterra) e o Museum of Anthopology da University of British Columbia (Canadá). Revista CPC, 16(32), 9-35. DOI:10.11606/issn.1980-4466.v16i32p9-35
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. (2011). Resolução nº 5.937, de 26 de julho de 2011. Baixa o Regimento do Museu de Arqueologia e Etnologia. Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo.